A eternidade está garantida para os faraós do Egito, que embalsamados e mumificados por meio de técnicas simples, estão sendo deixados em descanso dentro de túmulos colossais construídos com pedras no deserto perto do rio que tem se tornado fértil esse país. Essas pirâmides - a mais alta das quais, erguida por Khufu (Quéops), exibe mais de 140 metros de altura - são feitos de pedra calcária extraída de pedreiras das vizinhanças do local da edificação. Uma pedra de melhor qualidade tem sido transportadas de pedreiras da margem oposta do rio Nilo. O restante dos blocos de pedra - cada uma pesando mais de duas toneladas - é deslocado sobre toras de madeira.
Os trabalhadores utilizados nesse vultuoso trabalho não são escravos. Trata-se de uma tarefa sagrada. Os homens que se esforçam para levantar essas enormes pedras a tais alturas - usando uma combinação de traves e cordas - têm liberdade para cultivar a terra durante o resto do ano. Eles trabalham com seu rei, cuja autoridade garante a paz, a ordem social e a harmonia do país no universo.
Os egípcios acreditam na vida após a morte; então, o faraó seguirá o deus-sol ao longo do dia. É imprescindível portanto, que esse corpo seja preservado e tenha dentro de sua tumba tudo que lhe seja necessário para a vida, como comida e bebida, deixadas ao seu alcance.
Morto, o corpo do faraó é mumificado por meio de tratamento à base de remédios e com enchimento contendo substâncias aromáticas e depois enrolado em bandagens. O povo desse país também acredita que o faraó renasce no momento de sua morte, dando-lhe o direito de recuperar o trono real. A ordem social que ele manteve em vida deve prosseguir; assim, a mulher do faraó e seus funcionários também são sepultados perto dele.
